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O céu não é o limite

Tema: O céu não é o limite
Veículo: Diário da Manhã
Número: 11.075
Página: 19
Caderno: Opinião Pública
Data: 12/02/2018

O céu não é o limite

Quando Copérnico direcionou seu olhar para o céu, transformou a admiração celeste em uma ciência, abrindo a cortina do cosmos para a curiosidade e a investigação humanas. Ainda que suas ideias fossem apenas eco do que já era sabido desde a Grécia Antiga, foi ele quem criou as bases para o que conhecemos hoje como Astronomia. Galileu e Newton provaram de uma vez por todas que o astrônomo polonês estava correto, apesar de suas descobertas serem consideradas hereges pela Igreja por longos três séculos.

Desde aquele março de 1497, o céu tornou-se um espaço para conquistas e vislumbre de pensamentos inquietos. E de objeto de visadas atentas, o céu passou a ser ouvido, pesquisado, calculado e visitado, a ponto de, em julho de 1969, humanos descerem na Lua, deixando rastros em seu solo e na História da Humanidade. Aqueles passos, pequenos para um homem, mas grandes para a humanidade, ainda hoje soam como inacreditáveis, tamanha a façanha ocorrida há quase 50 anos.

As incursões do homem no Cosmos são etapas de grande evolução das Ciências e da Tecnologia, com a geração de soluções que passam a compor o cotidiano das pessoas anos depois. Mais que conquistar o espaço, o ser humano conquista autonomia para fazer evoluir seu modo de vida, redefinindo a própria cultura. Desde a teoria heliocêntrica copernicana, que relampejou no pensamento medieval da Igreja, as invenções e descoberta do universo cumprem um papel de grande relevância para a sociedade, fazendo avançar suas crenças, motores e cultura geral.

Nesse último 6 de fevereiro, mais um passo importante foi dado: depois de a Nasa - Agência Espacial Americana - ter aposentado seus ônibus espaciais, o visionário Elon Musk, CEO da SpaceX, lançou ao espaço o foguete Falcon Heavy, com seu Tesla Roadster dentro. O projeto original previa a recuperação dos propulsores do foguete, que passaria a percorrer a órbita de Marte por prazo indeterminado. Um dos três propulsores não foi recuperado e o foguete ultrapassará a órbita de Marte, devendo alcançar o Cinturão de Asteroides. O feito foi comemorado, atestando a potência do modelo de foguete desenvolvido pela SpaceX, que pretende levar humanos até Marte, a partir de 2024.

Enquanto o espaço é desvelado por máquinas humanas, dentro do carro levado ao espaço uma câmera transmite as imagens captadas por ela, fazendo um turbilhão de pensamentos, em uma nova odisseia no espaço. Felizmente, para nós, existem pessoas que sonham e executam projetos grandiosos, desafiando a limitação humana, enquanto no Brasil, continuamos discutindo pessoas. Definitivamente, o céu não é o limite. Mas, nossos pensamentos e ações são.

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