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Uma admirável fêmea teórica

Tema: Uma admirável fêmea teórica

Veículo: Diário da Manhã

Número: 11.167

Página: 27

Caderno: Opinião Pública

Data: 14/05/2018

 

Uma admirável fêmea teórica

Conhecida no Brasil e exterior pela mente brilhante e o poder argumentativo, a professora Lucia Santaella esteve em Goiânia na semana passada, por ocasião do SIIMI - Simpósio Internacional de Inovação em Mídias Interativas -, organizado pelo Media Lab / UFG, sede do Media Lab Brasil. Protagonista da cena de semiótica, comunicação, artes e há algum tempo das mídias tecnológicas, a autora de mais de 40 livros e detentora de vários prêmios deixou inquietos pesquisadores de várias partes do Brasil e do mundo, com sua abordagem sobre o tema desta quinta edição do evento, conectividade.

Uma das pesquisadoras mais produtivas e criativas do Brasil, Lucia Santaella prova inquietações, questionamentos e admiração pela atualização de seus escritos, e também pelo volume que se mantém pujante a cada ano. A capacidade de articular os mais diversos temas com a contemporaneidade, a partir de abordagens derivadas de pesquisas que ela mantém na PUC-SP, onde é responsável por cursos de pós-graduação e um batalhão de seguidores, conduziu Santaella a perscrutar a sociedade contemporânea, desvelando características que definem o espírito de nosso tempo, conhecido pela palavra alemã Zeitgeist.

O vínculo com Goiânia se fortaleceu com as atividades junto ao Media Lab / UFG, que tem publicado a autora com alguma frequência - o terceiro livro será publicado ainda em 2018, com discussões sobre os modelos taxionômicos de conectividade, tema central de sua fala na última semana. A conectividade social, a conectividade híbrida e a arquiconectividade perfazem, segundo a pesquisadora de nível máximo, de acordo com o CNPq, uma configuração que define o lastro da sociedade contemporânea, tingida com as cores da ciência e da tecnologia.

De fato, a cidade de Goiânia cresce em valor ao receber a professora e pesquisadora Lucia Santaella e seu pensamento inquietante. Ela consegue estar à frente de seu tempo como poucos, iluminando novas perspectivas de abordagem do presente e desenhando vetores para o futuro. Seus livros, cuja relevância garantiu alguns Prêmios Jabutis, são obrigatórios em vários cursos de graduação e pós-graduação, fazendo da autora uma das mais citadas no país. O escrutínio que ela faz da cultura e das linguagens a coloca em uma posição nada confortável, pela responsabilidade de inaugurar caminhos, mas indubitavelmente importantes para o avanço da pesquisa no Brasil.

Como ela mesma se define, Lucia Santaella é uma fêmea teórica. Mas mais que isso, ela consegue, no exercício prático, tornar-se admirável, pelo brilhantismo talhado no exercício da sistematização da pesquisa, na inquietude do olhar que rastreia seu tempo, apresentando novas concepções para os tempos futuros que ela mesma sonda e nos apresenta, na vasta produção que cresce em progressão aritmética, enquanto a relevância de seu pensamento parece crescer em progressão geométrica.

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