FECITEC discute Ciência e Tecnologia em Aparecida

FECITEC discute Ciência e Tecnologia em Aparecida 

Nos dias 30 e 31 de outubro, a cidade de Aparecida discute Ciência e Tecnologia, aproveitando a reta final das discussões sobre a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2017. A Feira de Ciência e Tecnologia de Aparecida – FECITEC - ocupa o Centro Cultural José Barroso e apresenta trabalhos desenvolvidos nas escolas municipais e de convidados, como o Planetário da UFG e o grupo Pequi Mecânico, que trabalha com robótica.

Em um momento em que o meio ambiente e os recursos naturais requerem atenção, em uma crise hídrica sem precedentes, o investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação não é mais uma aposta, mas a garantia de alternativas viáveis e sustentáveis para minimizar o problema. E o exemplo vem de Israel, que conseguiu superar as agruras do deserto e, ao buscar solução para a universalização do acesso à água em seu território, criou métodos de dessalinização da água marinha, técnica de gotejamento para o cultivo local, transformando não apenas uma área, mas todo um país.

Em plena sociedade do conhecimento, o papel da Ciência e Tecnologia torna-se central na busca por soluções para as cidades e para a sociedade. Pensar a área como estratégica para o desenvolvimento humano e social é o caminho definido por países como Alemanha, Israel, Japão, China e EUA. Essa visão estratégica indica uma articulação entre os vários atores sociais, principalmente nos ambientes de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A criação de meios articuladores que alinhem demandas sociais, pesquisas e aplicação no mercado é algo que precisamos estabelecer. 

Mais que feira de ciências escolar, em uma perspectiva de salvaguardar conhecimentos basilares das ciências, a FECITEC empreende esforços no fortalecimento de ambientes e atores que se voltam para as aplicações de CT&I que buscam resolver problemas sociais. Mais que computadores e robôs, o meio social é a mola mestra para o desenvolvimento da própria sociedade, e suas maiores demandas devem ser objetos dos pesquisadores e dos empreendedores.

O diálogo entre academia, mercado e políticas públicas é uma emergência social. Soluções isoladas esbarram em dificuldades pragmáticas de implementação e replicação, no que essa articulação torna-se perspectiva de superação dessa dificuldade, alcançando modelos científica e tecnologicamente eficazes, mercadologicamente viáveis e socialmente eficientes.

Embora a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ocorra apenas uma vez ao ano, a área cresce face à demanda apresentada a ela, que essencialmente aponta para soluções sociais e suas implicações, como os temas ambientais, econômicos, culturais e operacionais. Se a FECITEC é uma pequena contribuição para um cenário muito maior, é preciso valorizar as ações que, juntas, formam o esforço da nação no sentido de evidenciar a área de C, T & I como uma prática social, e  em emergência.

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