Tendências tecnológicas

Tendências tecnológicas

A maior feira de tecnologia do mundo, a CES 2018, manteve acesa a chama da curiosidade entre os dias 9 e 12 de janeiro, apresentando produtos e tendências das maiores companhias de tecnologia, e também das mais ousadas. De carros autônomos a TVs de montar, a feira apresentou um showroom das novidades do mercado e das mentes criativas do setor - além de um amontoado de gadgets que o mundo não precisa - , que converteu a já badalada Las Vegas em um foco de atenção do mundo da tecnologia.

Empresas de vários países apresentaram suas apostas para um mercado ávido por novidades, ávidas pelas belas fatias de mercado em disputa atualmente. Dentre as disputas mais acirradas estão as tecnologias voltadas para casas inteligentes, chamada de internet das coisas e que atendem a comandos de voz,  e o mercado de smartphones, que apresentam biometria na tela e vibração pelos ossos, possibilitando atender a ligação colocando o dedo no ouvido.

A confirmação de tendências já conhecidas dos brasileiros (eu mesmo, no livro Pontes, Janelas e Peles, de 2013, já apontava algumas dessas tendências) se fez ver na CES 2018, como é o caso dos agentes pessoais com reconhecimento de voz, e sua integração em objetos de casas, como geladeira, fogão, banheira e luzes. A conectividade e a naturalização dos comandos, tornados cada vez mais próximos das linguagens naturais, sobem ao topo dessas tendências, integrando cada vez mais a tecnologia ao cotidiano das pessoas.

Agentes robóticos deram o ar da graça, mas ainda terá longo percurso para se firmar como boa opção para o mercado, já que seus preços e funcionalidades ainda carecem de melhorias. Já a sedução da imagem ganha espaço com telas que se juntam para formar telas ainda maiores, como se fossem peças de montar. É esse o conceito  da “The Wall”, uma TV modular apresentada pela gigante Samsung, que consiste em painéis LED montáveis e também do celular que permite o reconhecimento biométrico em sua tela - e não em um botão específico - e a TV OLED W8, da LG, que tem espessura de apenas 26 milímetros.

A Intel novamente se desculpou pelas falhas apresentadas por seus processadores e apresentou o chip de 49 bits para computação quântica, o “Tangle Lake”, desenvolvido em parceria com a QuTech, que promete mais velocidade de processamento. É um novo fôlego para suportar o tsunami de aplicativos disponíveis, além da aceleração de avanços tecnológicos que acompanhamos diariamente. 

Várias bugigangas tecnológicas desnecessárias também foram apresentadas, como um equipamento para servir vinho sem retirar a rolha e uma caixinha com uma tela dentro, que exibe mensagens de texto recebidas. Os gadgets de funcionalidades duvidosas ao menos provam que a tecnologia não é só para mentes brilhantes.  

Com seus corredores e estandes, a CES 2018 manteve a tradição de atrair empresas e olhares, pautando a imprensa especializada em tecnologia para os players que inventam o futuro, mostrando os novos objetos de desejo que o mundo aprenderá a sentir necessidade, e também aqueles que serão, ou até já foram, esquecidos.

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